
Empresários de BH Apostam em Crescimento: Mais de 70% Planejam Contratações para 2025
De acordo com a pesquisa do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) divulgada pelo Fecomércio MG, mais de 70% dos comerciantes de Belo Horizonte têm planos ambiciosos para 2025: expandir suas equipes com novas contratações. Conduzido pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) em janeiro, o estudo aponta que a intenção de contratar é alta em todos os portes de estabelecimentos, com 74,2% dos lojistas de empresas com até 50 funcionários e 77,3% daqueles com mais de 50 colaboradores planejando novas contratações.
Investimentos em Negócios e Gestão de Estoques
Além da expansão das equipes, os empresários de BH demonstram confiança para investir mais em seus negócios. O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (ILIEC) atingiu 110,6 pontos em janeiro, ligeiramente abaixo dos 111,7 pontos registrados em dezembro. Esse índice melhorou para 50,6% das empresas – com os estabelecimentos de maior porte se destacando ainda mais, já que 53,2% deles têm forte intenção de investir.
A gestão de estoques segue sendo uma prioridade: 63,1% das lojas mantêm níveis adequados, enquanto 17,3% enfrentam excesso de produtos e 18,3% registram deficiência de itens essenciais. Esses números reforçam a importância de um controle eficiente para potencializar os investimentos.
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Confiança dos Empresários e Desafios Econômicos
Mesmo com uma queda de 2,4 pontos em relação a dezembro, o índice de confiança (Icec) permanece em um patamar satisfatório, alcançando 107,1 pontos. O segmento de bens semiduráveis se destaca com 119,1 pontos de confiança, seguido pelos produtos não duráveis, com 107,1 pontos, e pelos bens duráveis, que apresentam 95 pontos.
Gabriela Martins, economista do Fecomércio MG, ressalta que a ligeira queda na confiança se deve, em grande parte, à percepção dos empresários sobre o cenário econômico atual. Segundo ela, o aumento significativo da taxa básica de juros tem encarecido o crédito, reduzindo o poder de compra das famílias e impactando, principalmente, o comércio de bens duráveis e semiduráveis.
“O índice ainda se encontra em um nível de satisfação, mostrando que as condições do comércio ainda são satisfatórias para boa parte dos empresários do setor. Entretanto, alguns fatores vêm fazendo com que esta percepção perca força no primeiro mês de 2025. Dentre os principais fatores, destaca-se o aumento significativo da taxa básica de juros, o que encarece o crédito e, consequentemente, reduz o poder de compra das famílias, afetando principalmente o comércio de bens duráveis e semiduráveis”,
Perspectivas Econômicas e Desempenho Empresarial

A pesquisa também avaliou o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec), que registrou 80,7 pontos em janeiro – um leve acréscimo em comparação a dezembro. Contudo, 72,4% dos empresários afirmaram que a economia piorou, sendo 36,4% que perceberam uma deterioração acentuada e 35,9% que notaram uma queda moderada. Apenas 27,6% dos comerciantes relataram uma melhora no cenário econômico.
No que diz respeito às condições internas das empresas, a percepção de piora aumentou 1,5 pontos em relação ao mês anterior. Essa visão negativa é mais pronunciada entre os estabelecimentos com até 50 funcionários (48,2%), em comparação aos que possuem mais de 50 colaboradores (42,5%).
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Os dados revelam um cenário de otimismo cauteloso no comércio de Belo Horizonte. Com mais de 70% dos empresários planejando contratar em 2025 e uma intenção crescente de investir, o setor demonstra resiliência mesmo diante dos desafios econômicos, como o aumento dos juros. Essa confiança, aliada a estratégias de gestão de estoques e investimentos, aponta para um futuro promissor, equilibrando oportunidades e desafios no competitivo mercado do comércio em BH.
Texto escrito por: Aline Pottier
Fonte: Comercial BH